Conor McGregor se aposentou. Agora os desdobramentos e a revelação: não foi do MMA. Foi do UFC. E ainda neste semestre estreia no Bellator, naturalmente pelo título dos penas, quando Daniel Straus estiver zerado da cirurgia na mão.
Pode ser factóide e um “sutil” delírio, admito rs. Mas nem mesmo assim, o Bellator teria, por enquanto, a pretensão de rivalizar com o UFC. E vou além: se não comprar o passe – não somente – do Gregório mas também da Ronda e do Brock Lesnar juntos, se a lista da Odebrecht não incluir os Fertittas e a Zuffa, se o Dana White não morrer (e o Scott Coker não o substituir)… bem, o Bellator não supera o UFC ainda este ano.

RDA x Alvarez não deixa de ser UFC x Bellator…
Mas tanto dentro da arena circular mais famosa do mundo, quanto dentro do octógono mais famoso do mundo, vez ou outra as organizações se chocam, e é interessante avaliar a diferença de nível.
Dois dos casos mais representativos que vêm por aí juntam Eddie Alvarez, ex-campeão dos leves no Bellator, desafiando a coroa do brasileiro RDA, número 1 da divisão no UFC. E já nesta sexta-feira, é ao contrário: o ex-dono do cinturão dos leves Ben Henderson cresce o olhão no título dos meio-médios contra o campeão do Bellator Andrey Koreshkov.
Com palitinho de dente na boca ou não, Bendo não vai ter vida fácil contra o russo e nem deveria ser encarado como ultra-giga-super-hiper-blaster favorito só porque vem do UFC. Nem sempre é assim. E cada vez menos tem sido assim.
Óbvio que existem casos e casos. Mas vamos tentar lembrar de exemplos de diferentes naturezas e circunstâncias, e eu pediria a gentileza de vocês me lembrarem de outros nomes.

…Koreshkov x Henderson também não
Esqueçam “as antigas” e vamos para o período mais relevante e moderno do Bellator, pós-Bjorn Rebney e torneios.
Portanto aí, a gente já não precisa analisar a profundidade de Lavar Johnson, Alexander Houston e Cheick Kongo no trabalho que Scott Coker tem feito.
E vice-versa, deixemos também de lado o próximo desafio de Dan Henderson, já que Hector Lombard veio da jaula redonda e foi campeão dos médios.
Ah, só pra não passar batido, ainda nessa época mais “roots” do evento, o Dudu Dantas conquistou o título dos galos finalizando Zach Makowsky, que segue se aventurando entre os moscas do UFC.
Já com as implementações mirabolantes, inventivas, audaciosas, populares, apelativas e comerciais de Scott Coker (e o matchmaker preferido dele desde os tempos de Strikeforce, o havaiano Rich Chou), o trânsito de ex-funcionários de Dana White aumentou exponencialmente.
E a audiência subiu vertiginosamente. Spike TV e Fox Sports Brasil agradecem. E é claro que o elenco também, que pode se capitalizar mais e mais explorando a exposição midiática e televisiva dos patrocínios.

Sarney agora é Bellator!
Nessa até o mais celebrado cutman da atualidade, Jacob “Stitch” Duran, passou a engrossar a corrente dos que fizeram a migração UFC-Bellator, independentemente se vai tirar sangue, se vai derramar o sangue ou se vai estancar o sangue.
Mas voltando aos que sangram e fazem sangrar, são dezenas de nomes, e é aí que eu recorro à memória e experiência de vocês para me ajudarem. Vamos aos que eu me recordo. Dos ex-TUFs Justin Lawrence e Justin Wren (que também não se destacaram no cage) aos Hall da Fama Royce Gracie, Ken Shamrock e Tito Ortiz – ah é, Stephan Bonnar também.
O metro quadrado da gaiola redonda tá valorizado e convidativo, e o êxodo é uma atraente realidade com um potencial ilimitado.
Destes aí citados, nos confrontos particulares entre ex-UFCs x Bellatores, o “infinalizável” Tito foi finalizado no primeiro round com um triângulo invertido pelo campeão meio-pesado Liam McGeary, que é produto 100% bellatoriano.
Lawrence não arrumou nada contra o encardido peso-pena Emanuel Sanchez, que funciona como o Alex Cowboy da organização: teve baixa, convoca que ele vai. Melvin Guillard tá “invicto às avessas”no Bellator, sendo que na segunda chance que teve pela organização foi esterilizado justamente na única arma que ele domina: a trocação.

A nada mole vida de Guillard
O curioso é que Derek Campos já cansou de ser encaçapado entre os leves do Bellator, mas defumou Guillard com um nocaute que ele não experimentou quando tinha a carteira assinada por Dana White.
Joey Beltran e Kendal Grove foram mais longe e chegaram a disputar o cinturão meio-pesado e médio respectivamente. Mas não obtiveram sucesso e sucumbiram diante dos lutadores “prata-da casa” Emanuel Newton e Brandon Halsey (ambos já destituídos da coroa e buscando uma sobrevida no evento).
Francis Carmont não vingou. Nam Phan, tadinho, foi extirpado impiedosamente. Kakai estreou com derrota para Joe Taimanglo (?!!). John Macapá tem o incrível cartel de 3 vitórias por decisão dividida.
Ryan Couture teve o maior choque de realidade da vida quando “colidiu contra” a esquerda de Patricky Pitbull (que também deu as boas-vindas a Kevin Souza). E Chris Leben graças a Deus nem foi testado.
Rampage joga nos dois times né? Mas agora passa outra temporada sob os domínios do Bellator, a primeira delas com Scott Coker no comando. Hipoteticamente, tem tudo pra prosperar entre os meio-pesados como sempre fez na arena circular. Mas Liam McGeary pega ele no triângulo se ele não recorrer ao clássico bate-estaca.

Daley x Koscheck 2 rola em julho
Wanderlei Silva também vem do UFC e cai pra dentro nessa categoria. Revanches contra Tito e o próprio Rampage são inevitáveis. Quem mais, galera? Tem mais gente… Paul Daley, bem lembrado!
Granada de mão. Mas passou perrengue hein nos minutos finais contra o grappling de André Chatuba.
Agora vai encarar o também ex-UFC Josh Koscheck em mais uma revanche com máximo apelo comercial.
Falando em “apelo”, sensacionalismo e afins, Kimbo Slice não conta porque luta pelo entretenimento e marketing.
Mas Matt Mittrione pode disputar o cinturão dos pesados se não for quedado até lá. Vem do UFC apavora no Bellator?
Como mostramos acima, algumas vezes sim, outras não. O “algumas vezes sim” eu vou atribuir a Phil Davis. Acho que vence tanto o King Mo quanto o McGeary em qualquer departamento.

Davis migrou no top 5 do UFC
E o “outras não” eu vou deixar pro Josh Thomson. Sou fã demais das performances dele, vencendo ou perdendo.
O cara nocauteou o Nate Diaz! Só ele fez isso! Mas… sou mais fã do Michael Chandler.
Acho até que o ex-campeão leve do Bellator vem mais furioso e preparado do que nunca, e vai escangalhar o Thomson em mais uma luta antológica.
Quanto à luta de sexta agora, entre Bendo e Koreshkov, acho que serve como um fiel indicativo do que podemos – e devemos esperar quando um top de alto-nível ex-UFC mede forças com um top de alto-nível do Bellator.
Mas pra terminar, eu volto ao parágrafo inicial.
Ainda que o Gregório trocasse mesmo o Ultimate pelo Bellator, aí vão os meus dois centavos mais ousados: McGregor não se dá bem contra o Daniel Straus.
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Renato Rebelo
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Mario Filho
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Italo Egberto
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