Maurício Shogun tem 34 anos, 33 batalhas dentro de ringues e cages e mais tantas fora deles.

Shogun já foi campeão no Pride e UFC
Foi rei na Ásia, brilhou no UFC, mas hoje se encaminha para o fim da carreira, sofrendo derrotas decepcionantes e deixando de ser – o tempo é implacável – o matador que conhecemos no Pride e no UFC.
Sendo assim, naturalmente, as críticas se intensificaram.
E, a despeito da diferença de qualidade técnica, de experiência de vida e de contato com a parte “show” do negócio, Shogun raciocina igualzinho a um Cody McKenzie da vida – o que você pode conferir neste texto meu de um ano atrás.
Nem original o brasileiro foi.
Esse é o preço do crescimento do esporte. Há mais críticas, mais pessoas enchendo o saco. Vou até dar um exemplo pornográfico. Não quero generalizar, porque são poucos fãs que fazem isso. Tem pessoas que se sentem bem entrando na internet para criticar. É como um cara virgem, que vê filme pornô a vida inteira, acha que mete para caramba, mas nunca meteu. É a mesma coisa (risos). A maioria dos fãs dá suporte, apoia. O cara, quando é fã, gosta de você como pessoa e como atleta. O fã brasileiro é muito fã de resultado. Para esse pequeno número de fãs dou esse exemplo. O cara que é virgem, que vê filme pornô o dia inteiro e acha que mete pra cara***. O resumo é esse. São os guerreiros do teclado”, declarou, em entrevista ao Combate.com.
Só para ilustrar, eis o comentário de McKenzie:
Essas pessoas que falam de lutas são como um milhão de virgens assistindo a um pornô. Enquanto você não está numa luta, você não faz idéia de como é. Esse é o ponto fundamental. É como sexo. Até que você faça, você não tem noção de como é”, declarou McKenzie à época.
Shogun tem o direito de achar que o fã, por não praticar MMA, não pode criticá-lo. Mas me espanta que alguém tão experiente e com tantas conquistas no currículo espere do torcedor só a parte boa.

..mas o histórico recente também pesa
Ora, sabemos que o fortalecimento do MMA trouxe mais dinheiro e prestígio aos lutadores.
Como tudo tem dois lados e, sim, o fã brasileiro médio se concentra apenas em resultados de momento, é claro que nas redes sociais e nos comentários de portais – o popular esgoto da internet – sobram trolls a fim de falar mal de quem quer que seja.
Mas o comentário de Shogun acaba transparecendo – pelo menos a meu ver – uma certa aversão a críticas, algo que é bem comum entre lutadores brasileiros.
Já falei aqui noutra ocasião, mas muitos dos fãs de MMA que comprarão PPV do Combate no UFC 198 eram crianças quando Maurício derrotou Ricardo Arona – outro que grande parte dessa galera nem sabe quem é – no Pride.

E será que ele mesmo já não cornetou?
Ou seja, pra turma mais recente, Shogun é o sujeito que foi guilhotinado por Chael Sonnen e derrotado em segundos por Ovince St. Preux.
E esse lutador está sujeitíssimo a críticas, como vocês acompanharam em 100% dos veículos ou 100% dos analistas de MMA.
E, infelizmente, o curitibano não é o único a agir assim.
Lembremos, por exemplo, o caso de Vitor Belfort, que frequentemente usa de desculpas pouco verossímeis para justificar suas derrotas.
O que eu não entendo – valeu pela dica, Tannuri! – é o seguinte: Shogun é torcedor do Coritiba. Será que ele não corneta o nosso digníssimo Negueba?
Nas arquibancadas dos jogos do Flamengo, José Aldo é presença fácil e corneta poderosa.
Será que queremos ver Emerson Sheik indo aos microfones chamá-lo de virgem de futebol, que acha que mete mas nunca meteu na vida?
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