
Poster do UFC 183
Na semana passada, na sessão de comentários da minha última coluna aqui pro Sexto Round, o leitor Lucas Flávio fez uma observação que chamou minha atenção.
O xará lembrou que nos próximos seis (!) main events de cards em pay-per-view do UFC teremos atletas brasileiros envolvidos – e em cinco oportunidades eles estarão envolvidos em lutas valendo o título.
A lista é a seguinte: Anderson Silva, contra Nick Diaz, no UFC 183; Vitor Belfort, contra Chris Weidman, no UFC 184; Rafael dos Anjos, contra Anthony Pettis, no UFC 185; Renan Barão, contra TJ Dillashaw, no UFC 186; José Aldo, contra Conor McGregor, no UFC 187; e Fabrício Werdum, contra Cain Velasquez, no UFC 188.
Apesar de se tratar de uma informação pública, e que está literalmente nos nomes dos cards, não posso deixar de admitir que fiquei um pouco surpreso ao me atentar para este detalhe. Por quê?
Ora, nos últimos tempos, muito se tem falado, com razão, sobre o momento difícil vivido pelo Brasil no grande palco do MMA mundial.

Poster do UFC 184
Outrora com múltiplos campeões, o país perdeu vários cinturões, seu maior ídolo (posto de lado após uma cena chocante) e, consequentemente, espaço no cenário do esporte.
Em outubro do ano passado, comentávamos, seja publica ou particularmente (neste caso até com ainda mais receio e de forma mais incisiva), sobre a chance real de o Brasil perder seu último título e debatermos quais seriam os impactos devastadores desta situação.
Nem mesmo quatro meses se passaram desde então e cá estamos nós com brasileiros em posição de destaque, disputando os títulos de suas respectivas divisões, até a metade de 2015.
O problema de falar este tipo de coisa em “voz alta” é que somos um povo latino, e como tal bastante passional. Adicione a esse tempero nossa cultura bastante peculiar com os esportes e está pronta a receita para a derrocada.
Após um panorama desolador, como o de 2014, é fácil se iludir com uma conjuntura como a atual e distorcer a realidade.

Poster do UFC 185
Aliás, agora com um pequeno distanciamento histórico, como tais coisas não acontecem do dia para a noite, é possível que, apesar de ser inegavelmente o momento mais baixo do Brasil no octógono desde o “Boom de 2011”, a coisa não estivesse tão terrível assim.
Por isso mesmo é bom que estes seis main events de PPV consecutivos com brasileiros, mesmo se tratando de uma marca inédita na história da organização, sejam postos também em perspectiva.
Afinal de contas, entre os brasileiros que disputam o cinturão, somente o manauara José Aldo, único no grupo a defender um título, é de fato favorito.
Entre os azarões, além disso, também não vemos chances tão bem distribuídas assim.

Poster do UFC 186
Dessa forma, apesar de existir esta chance, é bastante improvável que cheguemos a julho com cinco campeões brasileiros – o que representaria metade das categorias ativas atualmente e mais de 60% das divisões masculinas.
Porém, novamente é hora de lançar mão da razoabilidade, e não entregar os pontos, especialmente se levarmos em conta que, além dos já atletas credenciados, há um bom número de lutadores tupiniquins nas cabeças de suas divisões e alguns outros que mostram potencial para tal em um futuro breve ou médio prazo.
Desvencilhando-se dos “ismos” (do Pacheco e do Coitado) é possível observar que o Brasil segue como segunda força dentro do octógono e que tem condições, embora sem as estatísticas a seu favor, de melhorar sua situação atual.
Percebam que evitei mencionar qualquer coisa sobre equilibrar ou mesmo acirrar a disputa com os EUA, pois essa é outra verdade inconveniente: o amplo e incontestável domínio dos norte-americanos.

Época de vacas gordas…
Caso o Brasil chegue a julho com cinco campeões, superando seu recorde histórico, seria, sem sombra de dúvidas, a melhor coisa que já aconteceu para o desenvolvimento do esporte no país desde Anderson Silva x Vitor Belfort e o UFC Rio 1.
Todavia, as atenções não devem estar voltadas somente para o êxito absoluto, ou a cultura da vitória.
A partir do próximo sábado (31), quando Anderson Silva abre a série de eventos encabeçados por brasileiros, a presença dos atletas do país em lugar de destaque já começará a mostrar seus resultados.
Antes de encerrar, deixo a seguinte questão aos amigos do 6R: sob qual viés vocês observam este momento do Brasil no UFC e, especialmente, quais são seus olhares preliminares sobre a participação dos brasileiros nos PPVs deste primeiro semestre?
Abraços!
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