O peso mosca Ian McCall é um dos grandes personagens do MMA atual, não somente por ser um grande lutador, mas pela personalidade única.
Eloquente e sincero, suas entrevistas sempre rendem, ainda que a mídia de modo geral o explore pouco.
Quando perdeu para Joseph Benavidez, chegando a 0-2-1 no UFC, McCall usou seu Twitter para desabafar contra si próprio:
Me desculpem, sou oficialmente supervalorizado. Não mereço nada e não ficaria surpreso se o UFC me demitir.”

Ian apanhando de Joe-Jitsu
Obviamente era um exagero e, ainda que o nível de suas atuações estivesse abaixo da expectativa, não era motivo para corte.
Felizmente o facão de Sean Shelby o preservou e hoje vemos o Uncle Creepy se aproximar das atuações que o levaram ao cinturão do Tachi Palace Fights e a desbancar Jussier Formiga do posto de número um do mundo.
Agora, perto de se tornar desafiante número um e acertar suas contas com Demetrious Johnson, McCall solta mais uma de seu repertório.
E desta vez nos fez pensar, falando sobre a baixa popularidade de sua categoria.
Cheguei à conclusão que não se trata de racismo (pelo fato de o campeão ser negro), mas de ‘pessoa-pequenismo’. Ninguém dá a mínima para nós (pesos moscas), a verdade é esta. Talvez seja culpa do Demetrious Johnson por não ser vendável, apesar de ser um atleta fantástico. Talvez seja minha culpa por não tê-lo vencido quando deveria. Talvez as pessoas não se interessem em ver pequenos meio-quilos lutando. É frustrante.”

McCall enfrenta Lineker em Uberlândia
Bem, ninguém é muita gente, visto que ao menos eu me importo com a divisão dos sujeitinhos mais leves do UFC.
Ian McCall está a dias de fazer um confronto com John Lineker e eu tenho dificuldade de entender porque há tanta gente que não se empolga com um duelo desta magnitude.
Não curto preconceitos de nenhuma espécie e já tive a infelicidade de ouvir/ler pessoas dizendo que não acham graça em ver homens pequenos lutando (assim como não acham graça em ver mulheres lutando) e concluindo que estas categorias nem deveriam existir.
Ok, senhor preconceituoso, vamos proibir que pessoas que não cresceram como Alistair Overeem ou que não possuem o mesmo aparelho reprodutor que eu desempenhem suas profissões.
Já posso ouvir vozes dizendo: “Mas você tem preconceito com pesos pesados”. Não é verdade, eu não tenho preconceito contra eles, tanto que adoro ver Cain Velasquez, Junior Cigano, Fabricio Werdum, Travis Browne e Stipe Miocic lutando.
Por mim, o UFC poderia fazer uma edição anual de Velasquez-Dos Santos e eu estaria na primeira fila.

Atleta (na concepção da palavra)?
Meus grandes ídolos na década passada foram Fedor Emelianenko e Rodrigo Minotauro. O que eu não gosto é ver atletas profissionais se arrastando no octógono e produzindo espetáculos dantescos, seja lá em que categoria estiverem.
O problema é que eles são maioria esmagadora entre os pesados. E ainda assim eu não vou chegar e dizer que, por serem pessimamente preparados, não deveriam desempenhar suas profissões. Este problema não é meu.
Outro argumento que considero bisonho contra os moscas é a falta de nocautes. John Dodson, John Lineker e Kyoji Horiguchi à parte, o fato é que eu não sou daqueles que acham que MMA só é legal quando um ser humano desaba em colapso no chão.
Esta sanha por nocautes me soa como os camaradas que assistem a corridas de automobilismo ou motociclismo torcendo por batidas ou quedas cinematográficas, ainda que possa custar a vida de um Jules Bianchi ou de um Marco Simoncelli.
É a velha diversão às custas da tragédia alheia.
Ainda que nocautes façam parte do esporte e, sim, sejam bacanas, eles não são o motivo por eu ter me apaixonado pelo MMA.
Particularmente eu prefiro assistir a um duelo emocionante decidido após o 15º (ou 25º) minuto, sem que nenhum segundo me seja tomado. Já pensou se José Aldo-Chad Mendes 2 tivesse acabado antes, nos privando do espetáculo do último sábado?
Ou se os nocauteadores Johny Hendricks e Robbie Lawler não tivessem guerreado por 25 minutos? Ou ainda se um entre Lawler e Matt Brown tivesse sucumbido a uma pedrada rival? Repararam como a maioria das grandes lutas são decididas pelos juízes?
Na minha visão, a elite do peso mosca é o estado da arte do MMA.
Muita velocidade, intensidade muito acima da média, técnica elevada na execução dos movimentos (até porque é obviamente muito mais fácil se movimentar carregando 60kg do que 110-120kg).
E nocautes e finalizações pelas mãos de artistas como os supracitados ou mesmo o pouco carismático campeão que mandou Benavidez para as profundezas da vala.
Há quem prefira, ao contrário, assistir a mondrongos se arrastando em espetáculos dantescos apenas pela expectativa do one-punch knockout, para ver alguém com os olhos virados no chão, em colapso.
É assim há mais de cem anos com o boxe, que transformou os pesados na categoria nobre do esporte. Só não consigo entender.
E você, curte os pequeninos lutando ou prefere os pesados, ainda que seja para ver Soa Palelei-Nikita Krylov?
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