
Estrelas do card diante do Congresso Nacional
Quinta-feira, 7 de agosto de 2014.
Me chega a notícia de que o joelho esquerdo do Serginho Moraes obriga o mineiro a abandonar outro UFC.
O Fight Night 51, no próximo mês (13 de setembro) – em Brasília – para ser mais exato.
Uma baixa mais significante do que de costume.
Em outros cards até poderia se esgueirar despercebida, embaçada por nomes de mais peso.
Mas não dessa vez.
Não depois de Joe Riggs ter disparado sua arma contra si mesmo e se atirado para fora do show, também.
Para aqueles que ainda não tiveram a chance de checar as lutas casadas para este dia, faço uma ligeira recapitulação das mais relevantes.
No main event contaremos com a presença de Antônio Pezão, em seu regresso pós-suspensão, e Andrei Arlovski – que fez de tudo para que Dana White questionasse se trazer o bielorrusso de volta teria sido uma boa ideia – depois dos 15 esquecíveis minutos do “Pitbull” contra Brendan Schaub.
Uma revanche com potencial de nocaute. Se formos afortunados.
Para não me alongar por todos os 11 confrontos do dia, resumo-me a apontar o sempre inconsistente, Gleison Tibau, e o discreto Piotr Hallman, com um par de finalizações e uma derrota dentro do UFC, debutantes do co-evento principal.

PT chega a BSB com seis derrotas em oito lutas
Adicionemos alguns rostos conhecidos ao público tupiniquim, como Santiago Ponzinibbio, Paulo Thiago, Francisco Massaranduba, entre outros.
Apropriadamente emparelhados com estrangeiros de poucas conquistas e temos uma festa.
Se você tiver pelo menos R$ 135,00 sobrando pra ver in loco, claro.
É, o rosto sempre sorridente de Serginho fará falta aos fãs mais casuais, assim como suas habilidades no solo deixam saudade aos aficionados.
Mas o show precisa continuar, e de espetáculo o Ultimate entende.
Afinal, só precisamos dar uma espiada no que o UFC 178, duas semanas depois deste, nos oferece.
Jon Jones, Daniel Cormier, Dominick Cruz (até agora), Conor McGregor, Dustin Poirier, Stephen Thompson, Yoel Romero, Tim Kennedy, Cat Zingano, Amanda Nunes, Bobby Green, e a lista continua.
Pasmem, por um infortúnio ainda não tivemos Donald Cerrone vs Khabib Nurmagomedov!
Então por que uma disparidade tão berrante entre dois cards realizados pela mesma companhia?
Bom, de cara, tiramos logo as respostas mais evidentes: o primeiro será transmitido para os EUA somente pelo UFC Fight Pass e o segundo via pay-per-view.

Uns com tanto…
Mas o que isso significa de verdade?
Dana gosta de dizer que nunca devemos julgar um card antes que ele aconteça, independente de quem se apresentará.
Justo, mas é bastante conveniente que o UFC possa entupir o mesmo com lutadores nativos do país onde o evento ocorrerá, estreantes, e por fim, dois indivíduos um pouco mais famosos para se apresentarem ao término da noite.
A fórmula é perfeita, o saldo de bilheteria de qualquer novo mercado onde o UFC se aventura comprova isso.
E Brasília nunca hospedou o UFC antes, veja você.
Ainda que não deva ser encarado como um produto – pois não será comercializado na televisão – o lucro de ingressos e patrocinadores é real.
Ou seja, pagantes desembolsarão centenas de reais na esperança de assistir combates de qualidade proporcionados por ocasionais faces familiares.
Fica fácil falar que não se deve julgar quando se está do lado onde o dinheiro está entrando.
A capital do maior mercado internacional de uma organização bilionária merecia mais em sua estreia.
E isto poderia ser vantajoso para ambas as partes.
A capacidade de promoção do UFC é reconhecida mundialmente, não precisam se safar com algo tão sem graça quando podem ser grandiosos e deixar o público com uma ansiedade ainda maior pelo próximo evento.
Mas as coisas nunca foram desse jeito.
Seria vergonhoso se não acontecesse com tanta frequência e em tantas partes diferentes do mundo, mas essa reincidência nos acostumou à mediocridade.
Sinto muito que Brasília tenha sido a escolhida como anfitriã para isso logo na sua primeira vez.
Mas me sinto pior ainda de saber que isso acontecerá novamente.
E que todos nós continuaremos a assistir.
Card completo:
Antônio Pezão x Andrei Arlovski
Gleison Tibau x Piotr Hallmann
Léo Santos x Lukasz Sajewski
Wendell Negão x Santiago Ponzinibbio
Iuri Marajó x Russell Doane
Jéssica Andrade x Valerie Letourneau
Godofredo Pepey x Dashon Johnson
Igor Araújo x George Sullivan
Francisco Massaranduba x Efrain Escudero
Paulo Thiago x Sean Spencer
Rani Yahya x Johnny Bedford
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will
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Jerônimo Jê
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will
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Wadson
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will
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Marcelinho
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Renan Trigueiro
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Davi Sean Ribeiro
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mazzaropi
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Lucas Rezende
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Walber Gomes
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Renato Rebelo
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