Saudações, amigos do Sexto Round!
Após longas oito horas de MMA – e para alguns boxe também, afinal tivemos o lutão entre os badalados Andre Ward e Sergey Kovalev – praticamente ininterruptas, chegamos ao final de mais um jornada de dois eventos do UFC no mesmo dia.
Pela tarde, o UFC Fight Night 99 desembarcou na acalorada Belfast, na Irlanda do Norte. O retorno da maior organização de MMA do mundo após sete anos foi marcado por um card longo e cansativo, com 13 combates, mas que acabou sendo divertido por seus resultados curiosos e um número razoável de interrupções e boas pelejas.
Invadindo a noite e a madrugada, o UFC Fight Night 100 rolou no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, mas ao contrário do esperado, a noite não foi tão fácil para o lado verde e amarelo neste card estilo Brasil x resto do mundo. Num empolgante card de 12 lutas, oito foram pela via rápida, incluindo um brutal atropelamento no combate principal da noite.
Sem mais papo furado, vamos à análise deste corneteiro que vos fala sobre o que rolou de bom nos dois eventos.
Gegard Mousasi x Uriah Hall
Aquele velho ditado que diz que gato escaldado tem medo de água fria teve uma bela comprovação prática na luta principal do evento norte-irlandês. Mais cuidadoso do nunca e com a mesma cara de nada de sempre, Gegard Mousasi conseguiu sua vingança ao nocautear Uriah Hall no finalzinho do primeiro round.
Portando um afiado jab, calibrados reflexos para evitar os ataques giratórios do oponente e um senso de oportunidade preciso, Mousasi não deu chance para o raio cair duas vezes no mesmo lugar, conseguindo a derrubada e posteriormente a estabilização da posição, que abriram caminho para a saraivada de socos que fizeram o negão contar carneirinhos contra sua vontade.
O armênio-holandês encaixa sua quarta vitória consecutiva – três por via rápida dolorosa – todas em 2o16 (!). Ele agora se aproxima mais do que nunca do quinteto da divisão: Michael Bisping, Yoel Romero, Ronaldo Jacaré, Luke Rockhold e Chris Weidman. O representante da AKA me soa como um bom parceiro de dança para o “Dreamcatcher”, será que rola? Fight Night em Londres tá chegando…
Ryan Bader x Rogério Minotouro II
É verdade que nem sempre as estatísticas de um combate definem o que realmente acontece dentro da jaula de oito lados, mas os números do combate entre Ryan Bader e Rogério Minotouro dão o gabarito do que foi que aconteceu na luta principal do evento na terra da garoa.
Em 13min51seg de prosa, “Darth” Bader distribui nada mais nada menos que 86 golpes significativos sobre o brasileiro, que em contrapartida só acertou míseros dois golpes relevantes no americano. A faixa preta de jiu-jítsu e a amplamente treinada e elogiada defesa de quedas do Lil’ Nog não foram suficientes para conter o ímpeto do produto da Power MMA, que derrubou em todas suas cinco tentativas e avançou de posição no chão por nove vezes.
Vale lembrar que essa foi a última luta do contrato de Bader com o UFC, mas o renovação provavelmente está próxima, visto que ele afirmou que irá ao Canadá ver pessoalmente o combate entre Daniel Cormier e Anthony Johnson, pelo cinturão da categoria.
O garotão é um dos melhores do mundo na sua divisão, e vem numa excelente fase, com sete vitórias em oito lutas, sendo as duas últimas por brutais nocaute. Além do mais, o americano se colocou como segundo meio-pesado mais vitorioso do Ultimate, com 15 vitórias, ficando atrás apenas de Jon Jones, que tem 16.
A questão é que se dessa vez tudo isso renderá dividendos contra a nata da categoria. Já bateu na trave três vezes, será que agora vai?
“Eu ainda não pensei nisso. Adoro o UFC, adoro lutar no UFC, venho sendo top 5 há um longo tempo e quero uma grande luta. Minha hora chegou”, mandou “Darth” nos backstages após o combate.
Thomas Almeida x Albert Morales
Assim como nos quatro últimos jogos do Esporte Clube Bahia, Thomas Almeida nos coloca sob sério risco de problemas cardíacos colocando-se em sérios riscos de perder o combate.
O chuteboxer passou por um aperto quase catastrófico, quando um surpreendente Albert Morales conseguiu pegar suas costas e encaixar o mata-leão. Durante o susto, Thominhas acordou, escapou bem e partiu para o que sabe fazer de melhor, conseguindo fazer seu oponente dobrar em posição fetal com um ignorante gancho no fígado.
Novamente o prospecto brasileiro correu riscos desnecessários e apresentou uma defesa mais vazada que a zaga do Íbis Sport Club. Confesso que esperava mais do fera da trocação, e isso liga um sinal de alerta, já que qualquer casamento mais complexo colocará a integridade – tanto física quanto motivacional – do paulista em sérios percalços.
Quem sabe um camp ou temporada de treinos nos Estados Unidos faria bem, hein?
Cláudia Gadelha x Cortney Casey
Não sabendo que não estava no PRIDE FC, foi lá e fez.
Incorporando primorosos Wanderlei Silva e Maurício Shogun, Claudinha Gadelha acertou um tiro de meta pra lá de evidente no cucuruto americana Cortney Casey. Até aí tudo bem, tempo para se recuperar e ponto (s) deduzido (s) ou em caso da não-retorno, desqualificação dando a vitória para a “Cast Iron”.
O curioso é que nada disso aconteceu.
Numa decisão pra lá de controversa da CABMMA, o combate prosseguiu sem punições para a brasileira, que usando de sua pujança física invejável colocou Casey no chão quando quis e se recuperou após mais uma derrota para a atual campeã, Joanna Jedrzejczyk.
A agora representante da Jackson’s MMA pediu a cabeça da ex-campeã da divisão Carla Esparza após o combate. Duelo pode ser interessante…
“Quando a Cortney caiu no chão, eu vi que ela meio que fingiu que ia levantar, então quando eu reparei nisso, eu tentei chutá-la no corpo, só que ela não levantou por inteiro, e acabou pegando na cabeça de raspão. Peço desculpas novamente”, justificou Claudinha.
Outros destaques:
- Que derrotas complicadas dos brasileiros Thales Leites e Warlley Alves. O produto da Nova União conseguiu acertar apenas quatro golpes e foi inferior onde é rei, no jogo de chão. Já o representante da X-Gym foi suplantando em todos os aspectos do jogo para o promissor Kamaru Usman, auto-intitulado melhor grappler da categoria dos meio-médios, com direito a desafio para o Demian Maia. O negócio tá feio pro campeão do TUF Brasil 3.
- Kyoji Horiguchi definitivamente está voando. O peso mosca japonês colocou em jogo sua habitual velocidade e agilidade combinada com o surpreendente domínio no meio-campo (leia-se wrestling), visto que no papel, seu oponente, o russo Ali Bagautinov tinha larga vantagem nessa área do jogo. Triplo 30-27 para o ex-campeão do Shooto, colocando no cartel a terceira vitória consecutiva.
Amigos, para os demais resultados, bônus e a coletiva de imprensa pós-evento, é só dar um pulinho nos tópicos do UFC Fight Night 99 e do UFC Fight Night 100 em nosso fórum.
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